A suplementação alimentar facilita a transição entre a alimentação líquida e a sólida
O produtor busca garantir sempre uma quantidade maior de leitões a cada cria, o que gera o desafio de manter todos os filhotes bem nutridos. Mas a matriz nem sempre consegue alimentar satisfatoriamente todos os nascidos, pois o volume de leite disponível é dividido pelo número de leitões da leitegada.
Quanto maior o número de leitões nascidos, maior o desgaste das fêmeas, o que pode gerar uma perda de condição corporal e comprometer sua produção de leite. As matrizes que se alimentam adequadamente são mais nutridas, havendo, portanto, uma produção maior de leite.
Com a possibilidade da matriz não conseguir produzir leite suficiente, no caso de uma grande leitegada, e os leitões não serem alimentados e não conseguirem manifestar todo o seu potencial de crescimento e ganho de peso, é necessário uma complementação alimentar, que deve ser feita o mais precocemente possível.
Um produto semelhante ao iogurte pode ser utilizado como complemento alimentar aos leitões, favorecendo o maior consumo de matéria seca quando comparado com uma ração ou um sucedâneo lácteo, promovendo, assim, o melhor desenvolvimento e a viabilidade dos leitões e da leitegada.
A utilização do "iogurte" deve começar logo após a ingestão do colostro, ou seja, no segundo dia de vida, e deve ser fornecido quase à vontade, duas vezes ao dia, sendo que uma vez por dia os leitões por si só deverão limpar o comedouro. O "iogurte" facilita a transição entre a alimentação líquida e a sólida, e deve ser utilizado como alimentação suplementar e não substituir o leite da porca.
O professor Paulo César Brustolin, do curso Criação de Suínos - Manejo de Reprodutores e Matrizes, elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas, acrescenta, ainda, que a creche deve dispor de um sistema de aquecimento para o melhor desenvolvimento do leitão. Esse aquecimento pode ser elétrico, a gás ou à lenha, mantendo a temperatura ambiente ideal para os leitões, principalmente nas primeiras semanas.
Por: Virgínia Maria de Araújo