Salmonella é controlada com Bacillus subtilis

A redução da bactéria foi de 62,09% em aves tratadas

Pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) comprovaram que, se adicionado Bacillus subtilis DSM 17299 em alta concentração à ração de frangos de corte, ocorre uma diminuição significativa da presença da bactéria Salmonella minnesota no trato intestinal das aves infectadas, se comparado aos níveis encontrados em aves não controladas.

A pesquisa mostrou que em 35 dias de tratamento ocorreu uma redução significativa de 62,09% na contagem de Salmonella minnesota na parte inicial do intestino grosso dos frangos, em relação ao grupo de controle infectado que não recebeu o tratamento. Na cama aviária, a redução da bactéria foi de 76,74% aos 21 dias de tratamento.

A infecção pela bactéria Salmonella é uma das infecções de maior impacto na avicultura mundial por provocar altas taxas de morbidade, nascimento de pintinhos de baixa qualidade, diminuição da eclodibilidade dos ovos e, ainda, a morte dos animais. Há doenças que podem provocar enterite, uma inflamação no intestino delgado, e septicemia, uma infecção generalizada grave desenvolvida por via sanguínea.

O tratamento das aves com o probiótico é considerado método natural, pois as bactérias que o compõem já estão presentes no trato intestinal das aves desde o nascimento. O GalliPro C (Bacillus subtilis) é distribuído no Brasil pela Pfizer Saúde Animal. O produto, além de ser eficaz no controle da Salmonella minnesota, promove o ganho de peso e melhora a conversão alimentar nas aves.

Os prejuízos provocados pela Salmonella minnesota aos plantéis brasileiros são difíceis de mensurar por haver uma ausência de publicações a respeito das infestações causadas pela bactéria. A bactéria das aves pode causar intoxicação alimentar em humanos, levando à hospitalização devido à desidratação, principalmente em idosos, crianças e pacientes com baixa imunidade.

O professor Tadeu Cotta, do curso Produção de Frangos de Corte, elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas, afirma que as precauções de higiene devem ser respeitadas por todos os visitantes e trabalhadores que entrem nas instalações da granja.

Por: Virgínia Maria de Araújo

Virginia 21-11-2011 Agroindústrias

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