Frutas secas: sabor, nutrição e renda

A diversidade de cores das frutas secas chamam a atenção dos consumidores

Na desidratação, as fibras, os minerias e os açúcares são preservados e ficam muito mais concentrados, conferindo forte sabor e aroma adocicado ao alimento. As frutas e sementes secas podem repor ao organismo nutrientes minerais como ferro, zinco, potássio e vitaminas, com a vantagem de possuírem gordura vegetal, que ajuda a melhorar as taxas de lipoproteínas de baixa densidade. O damasco, por exemplo, possui duas vezes mais vitamina A, três vezes mais potássio e oito vezes mais ferro.

As frutas que passaram do estágio de consumo podem ser aproveitadas com o processo de secagem, o que torna o produto socialmente sustentável, além de valorizar um produto brasileiro. O professor Pedro Luís Santos Meloni do curso Como Montar uma Pequena Fábrica de Frutas Desidratadas, elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas, esclarece que as frutas secas são uma ótima forma de aproveitar os excedentes de produção,em determinadas épocas do ano.

Processamento

Há possibilidade de fazer a secagem por método natural, com a exposição da fruta ao sol. Mas, para uma secagem mais ágil, pode-se utilizar o forno, as câmaras de ar, o vapor e até mesmo uma estufa.

Para produzir as frutas secas em casa, basta lavá-las e cortá-las em fatias finas, cerca de 3mm de espessura, colocá-las uma ao lado da outra em uma forma untada e levá-las ao forno à temperatura de 80°C, por uma hora e meia. Vale lembrar que este processo não garante que as frutas fiquem crocantes, pois não foram desidratadas e nem torradas. Podem durar até um mês. As mais indicadas são a banana, a pêra, o abacaxi e a manga.

Agricultores do Piauí apostaram nas frutas secas para ajudar na renda das comunidades locais, utilizam frutas regionais como o xique-xique, o umbu e o mandacaru da caatinga. Eles já estão vendendo e ganhando cada vez mais mercado comsumidor em São Paulo.

Por: Virgínia Maria de Araújo