Produção das indústrias de nutrição animal da América Latina deve dobrar

Representantes de vários países se reuniram na Conferência FAO/IFIF para discutir a redução da fome no mundo

Na Conferência FAO/IFIF (Nações Unidas para Alimentação e Agricultura e International Feed Industry Federation), em Roma, na Itália, estavam reunidos representantes de vários países. A intenção do encontro era discutir sobre a redução da fome no mundo, aumentando a disponibilidade de proteína animal, segurança e qualidade dos alimentos de origem animal, e a sustentabilidade do planeta.

Julio Neves, representante da Associação das Indústrias de Alimentação Animal da América Latina e Caribe (Feed Latina), colocou em pauta os objetivos, desafios e conquistas da associação dessas regiões. Expôs os dados da produção de alimentos para os animais, que hoje é responsável por 18% da fabricação no mundo, que corresponde a 127 milhões de toneladas. O Brasil responde pela produção de cerca de 66 milhões de toneladas, e espera um crescimento de 4 a 5% para o próximo ano.

A Feed Latina é formada por Brasil, Argentina, México, Uruguai e Cuba. Ela almeja ser fonte de informação e preparação do setor produtivo e, assim, assegurar a competitividade da região, a segurança alimentar e a disponibilidade de proteína animal.

Em destaque, para garantir a duplicação da produção, está a necessidade da redução de barreiras tarifárias, sanitárias e a eliminação de várias instâncias burocráticas. Além disso, é imprescindível a harmonização do ambiente regulatório inter-países e a discusão de técnicas científicas da produção de alimentos para animais.

Para Julio Neves, "as realidades de produção são diferentes. O que é praticado na Europa, por exemplo, não necessariamente dará certo aqui. Por isso é preciso maior flexibilidade das potências mundiais para conseguirmos atingir um objetivo maior, que é produzir alimento em quantidade suficiente para atender a crescente demanda mundial". Segundo ele, não há dúvidas de que a América Latina, especialmente o Brasil, será responsável pela maior parte da produção global de alimentos.

Por: Virgínia Maria de Araújo

Virginia 27-10-2011 Agroindústrias

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