Palmeira real ganhou destaque no país pela capacidade de produzir palmito

Espécie também é utilizada como planta ornamental

A palmeira real é uma planta nativa da Austrália, que tem encontrado no Brasil excelentes condições de adaptação e desenvolvimento. Ela foi introduzida aqui há bastante tempo, mas com caráter decorativo, ou seja, apenas como planta ornamental, que servia para enfeitar áreas próximas a residências, praças públicas, jardins, entre outros locais. Recentemente, foi descoberto seu grande potencial de aproveitamento na produção de palmito, e isso vem colocando-a em uma posição de destaque.

Segundo o engenheiro agrônomo Alfredo Frasson, coordenador técnico do curso Cultivo de Palmeira Real para a Produção de Palmito, elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas, "basicamente, existem duas espécies de palmeira real, a Alexandrae e a Cunninghamiana, sendo que a primeira possui também uma variedade denominada Beatrice".

A Alexandrae é uma espécie capaz de fornecer uma quantidade maior de palmito por planta, sendo, portanto, mais produtiva, e por isso ela vem sendo mais cultivada. É indicada para locais mais quentes e clima tipicamente tropical, adaptando-se muito bem às regiões litorâneas e a altitudes onde não esteja sujeita à ocorrência de geadas.

Já a Cunninghamiana, é uma espécie que, apesar de ser menos produtiva, possibilita o cultivo da palmeira real para a produção de palmito em locais mais frios, de clima subtropical, como também nas regiões com altitude superior a 1000m.

As duas espécies de palmeira real se caracterizam por possuírem apenas um caule, que são chamados de estipe. Entretanto, quando elas são analisadas em detalhes, é possível verificar algumas diferenças.

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