Como fazer controle de formigas cortadeiras

As formigas cortadeiras são pragas em grande parte das áreas cultivadas, incluindo florestas homogêneas e pastagens

O combate ou controle das formigas é fundamental. Elas podem causar perdas diretas, como morte de mudas e redução no crescimento de árvores, e indiretas, como diminuição da resistência das árvores a outros insetos e agentes patogênicos, a desuniformização nos povoamentos (em razão das desfolhas), além da quantidade enorme de agrotóxicos aplicada no controle de tais pragas.

Norivaldo dos Anjos da Silva, professor do curso Controle de Formigas Cortadeiras, elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas, afirma que evitar ou retardar a possibilidade de que os formigueiros já existentes na floresta passem a atacar as árvores, a ponto dos danos serem suficientemente expressivos para justificar a necessidade de medidas de combate direto, é a melhor opção. Além disso, ele ensina algumas técnicas para evitar o ataque de formigas cortadeiras.

O uso de barreiras físicas é uma tática que pode ser útil em casos de plantio de árvores isoladas, pequenos pomares ou viveiros, canteiros, pequenos reflorestamentos, áreas experimentais e áreas urbanas. A técnica é preventiva. Obstáculos são colocados entre as árvores e as formigas cortadeiras. Pode-se utilizar um recipiente com formato de bacia em anel, cheio de água com detergente ou óleo queimado, colocado ao redor das árvores ou mudas. Pode-se utilizar um pneu velho e partido ao meio, ou ainda construí-la com cimento ou argila. Tanto a água quanto o óleo queimado devem estar sempre limpos.

O plantio de mudas em tubetes, usando viveiros suspensos, tem sido muito utilizado para prevenir o ataque de formigas a mudas. Esses tubetes dificultam o contato das formigas com as mudas, evitando o ataque. Outra vantagem dessa prática é que as mudas, quando transplantadas, estarão maiores e mais resistentes às pragas.

Em uma situação de reflorestamento deve-se utilizar plantas resistentes ou tóxicas às formigas. Algumas plantas podem ser imunes ao seu ataque, como é o caso do jatobá (Hymenaea coubaril), da embaúba (Cecropia spp.), da aroeira (Astronium graveolens), da bicuíba (Virola spp.) e de muitas outras essências florestais. O próprio silvicultor deve observar isso em sua propriedade e tirar proveito da situação para novos reflorestamentos.

A conservação de inimigos naturais é também uma opção. Alguns animais, como as iças, podem atacar e destruir as formigas cortadeiras. O produtor deve adequar à sua realidade o modo como irá controlar ou prevenir o ataque das formigas a fim de melhorar a produtividade com menor custo.

Por: Virgínia Maria de Araújo

Virginia 11-01-2012 Agroindústrias

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