A Agricultura Orgânica é frequentemente entendida como a agricultura que não faz uso de produtos químicos. Também há a falsa crença de que ela representa retrocesso às práticas antieconômicas de décadas passadas e à produção de subsistência de pequena escala, usando métodos agronômicos já superados. A realidade, porém, é outra.
Embora os agricultores orgânicos não usem agrotóxicos sintéticos, fertilizantes solúveis, hormônios, sulfas, aditivos e outros produtos químicos, e utilizem várias práticas que foram muito eficientes no passado, o conceito é bem mais amplo do que isso.
Os métodos alternativos de agricultura são métodos modernos, desenvolvidos em sofisticado e complexo sistema de técnicas agronômicas, cujo objetivo principal não é a exploração econômica imediatista e inconsequente, mas, sim, a exploração econômica por longo prazo, mantendo o agroecossistema estável e autossustentável.
Duas importantes explicações necessitam ser feitas para se conhecer e definir adequadamente os alimentos orgânicos.
Primeira: não se pode confundir alimentos orgânicos com alimentos naturais que são vendidos em lojas especializadas. Para se caracterizar um produto como orgânico, significa que durante todo o processo produtivo se empregou técnicas e métodos não agressivos ao meio ambiente. Por outro lado, “produtos naturais” se referem muito mais a “produtos integrais”, não identificando a maneira como foi produzido, sendo quase sempre oriundos de sistemas agroquímicos de produção.
Segunda: alimentos orgânicos não se referem apenas a alimentos sem agrotóxicos. Além de não conter esses agentes químicos, para se produzir alimentos orgânicos, também não se utiliza adubos químicos e diversos outros produtos que possam deixar resíduos nos alimentos ou degradar o solo, as águas e outros componentes do meio ambiente.
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Por Daniela Guimarães.