Criar suínos ao ar livre garante redução de custos

O sistema de criação de suínos ao ar livre reduz até 80% os custos de produção, além de minimizar os danos ao meio ambiente

Desenvolvido pela Escola Estadual de Educação Profissional de Carazinho, no Rio Grande do Sul, o projeto traz grandes benefícios, também, para o animal que se mantém com alta qualidade de vida, o que consequentemente se reflete na qualidade da carne que chega ao consumidor.

Para a realização do projeto, é necessária uma cabana para cada piquete, com 2,8 m de frente e 1,8 m de fundos, e abastecer com palha antes de uma matriz dar cria. O parto deve ser acompanhado apenas de longe, interferências devem ser feitas apenas se necessário.

As crias dos suínos, logo após serem desmamados, devem ficar na creche por quatro semanas, que é um espaço, também, ao ar livre, mas longe das matrizes. Após esse período, já partem para a engorda e logo em seguida são abatidos.

Não é necessária a aplicação de ferro, durante o período de produção ao ar livre, pois o solo é rico em ferro e, como a porca se revolve na terra, o leitão acaba ingerindo-o ao se amamentar. Os dentes e o rabo também não precisam ser retirados, pois como os suínos vivem livres, não são afetados pelo estresse, o que é comum em leitões criados em locais fechados.

A alimentação no início é feita somente com o leite materno, partindo para as raízes, minhocas, entre outros alimentos que o porco encontrar ao fuçar, e a ração é usada para atender as exigências nutricionais, esses fatores garantem o sabor da carne, além de deixá-la mais saudável e resistente.

O professor Paulo César Brustolini do curso Criação de Suíno - Manejo de Reprodutores e Matrizes, elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnica, afirma que é o conjunto de técnicas utilizadas na criação, em suas diferentes etapas, desde o nascimento até o abate, que garantem o sucesso econômico dessa atividade. 

No manejo, os cuidados são quanto ao excesso de matéria orgânica acumulada em um único local, sendo preciso ainda fazer a rotação dos piquetes devido ao pisoteio e às chuvas, que acabam destruindo a vegetação. A porca pode ficar até meses no piquete.

Virginia 23-09-2011 Agroindústrias

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