Há muito a mulher tem complementado a renda da família nas atividades no campo. Em especial, na agroindustrialização de produtos - como compotas de frutas, doces, bolos, pães, queijos, licores, defumados, embutidos e outros. Munida do conhecimento de técnicas tradicionais, a mulher passou a transformar vários tipos de matéria-prima (leite, frutas, legumes, carne) e conseguiu boa demanda no mercado, além de bom faturamento.
Da mesma forma, a participação da mulher nos trabalhos rurais, como na colheita de café, no cultivo de hortaliças, no manejo de animais, dentre outros, fez com que a agricultura familiar obtivesse destaque no setor agropecuário.
Em outras palavras, a mulher do campo contribuiu (e contribui) significativamente com o sucesso da agroindústria no Brasil. E graças à capacitação profissional e ao conhecimento de técnicas tradicionais e mais recentes, para produzir uma matéria-prima de qualidade e um produto final diferenciado, podemos considerar a mulher a peça-chave da agricultura familiar brasileira.
Para impulsionar a atividade rural de muitas famílias do campo, o Governo do Estado do Paraná fomentou o Programa Fábrica do Agricultor, como auxílio aos agricultores familiares para instalação e legalização de agroindústrias, além da comercialização dos produtos.
Da mesma forma, o Ministério do Desenvolvimento Agrário liberou uma linha de crédito para investimento (Pronaf-Agroindústria), como incentivo ao trabalho de todos os membros da família que envolvem as atividades agroindustriais.
Ainda no Estado do Paraná, o Projeto de Certificação dos Produtos da Agroindústria Familiar tem possibilitado inúmeros benefícios às famílias do campo - desde o preparo do solo, até o produto final a ser comercializado.
Para conseguir a certificação, as famílias aprendem boas práticas agrícolas, assim como manipulação e fabricação de produtos agroindustriais. O principal objetivo do projeto é rastrear todo o ciclo produtivo.
Como resultado, são garantidas a sanidade e a qualidade dos produtos, assim como a proteção à saúde do consumidor e ao meio ambiente, além da segurança e da confiabilidade dos produtos destinados ao mercado consumidor.
Nada disso seria possível, não fosse a sensibilização e a dedicação da mulher nos trabalhos rurais, bem como o desenvolvimento de projetos e programas de incentivo ao homem do campo.
Por Andréa Oliveira.
Fonte: Portal Dia de Campo.