Como fazer adubação das mudas de café em tubetes

Para que as mudas fiquem com mais vigor, é preciso fazer adubações complementares

Os tubetes são utilizados desde 1975 nos Estados Unidos, principalmente para a propagação de espécies florestais, e têm demonstrado excelentes resultados agronômicos. No Brasil, sua utilização é voltada para a produção de mudas de plantas ornamentais e de hortaliças, e também para espécies florestais, citros, maracujá e café.

Para que as mudas de café fiquem com mais vigor, é preciso fazer adubações complementares. O processo de adubação pode ser iniciado a partir do primeiro par de folhas, mesmo que o adubo de liberação controlada tenha sido adicionado ao substrato.

A composição, as dosagens e a forma de aplicação são as mesmas utilizadas para a formação de mudas em saquinhos. A adubação com NPK (nitrogênio, fósforo e potássio) é feita via água de irrigação, em três fases, quando a fertilização de liberação é usada de maneira controlada de 5 a 6 meses.

A tabela abaixo traz um exemplo de adubação complementar para mudas de café em tubetes, em que foi usado fertilizante de liberação controlada de 5 a 6 meses.

Fase

Recomendação de fertilizante hidrossolúvel

Primeiro par de folhas definitivas

1 g de 13-40-13 ou 9-45-15/ litro de água

Segundo par de folhas definitivas

1,5 g de 13-40-13 ou 9-45-15 / litro de água

10 a 15 dias antes da muda ir para o campo

2 g de 12-00-43 / litro de água

Os professores do curso Produção de Mudas de Café em Saquinhos e Tubetes, elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas, observam que as dosagens de fósforo e de potássio aplicadas são maiores do que as de nitrogênio, e explicam que isto é feito para tornar as mudas ainda mais resistentes.

As adubações também podem ser feitas através de pulverizações, nas horas mais frescas do dia. Para este caso, a concentração do adubo deve ser de 0,5% a 1%, ou seja, 5 a 10 gramas por litro. Uma leve irrigação deve ser feita sobre as mudas e não há necessidade de exagerar nas aplicações, pois dosagens menores e mais frequentes são melhores.

Por: Virgínia Maria de Araújo

Virginia 24-01-2012 Agroindústrias

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