Após quase uma década de crise, as usinas sucroalcooleiras ressurgiram da crise pelo grande interesse das gestoras nacionais e estrangeiras no bagaço da cana. Inclusive muitas estão a todo vapor devido ao grande número de investidores que buscam lucrar com a biomassa da cana para produção de energia.
Dentre os investidores interessados na biomassa da cana (bagaço), temos a empresa GP Investments (brasileira), a Brookfield (canadense), além da Lone Star e da Black River (ambas americanas).
Atualmente, no Brasil, o consumo de energia produzida da biomassa da cana chega a 4%. Entretanto, com a chegada de novos investidores, o bagaço da cana está valorizado, com estimativas de aumento desse percentual.
Segundo o diretor da Única - União da Indústria da Cana-de-açúcar, Antonio de Padua Rodrigues, a cogeração é uma receita garantida para as usinas sucroalcooleiras, que negociam contratos a longo prazo, de 15 a 25 anos.
Para quem não sabe, a cogeração é o processo de produção e utilização combinada de calor e eletricidade, com aproveitamento de mais de 70% da energia térmica dos combustíveis utilizados durante todo processo.
Quando comparada a outras alternativas energéticas, a cogeração com bagaço de cana-de-açúcar é um recurso energético sustentável, menos poluente ao meio ambiente, com alta eficiência e baixos custos.
Nos dias de hoje, tornou-se muito mais vantajoso adquirir uma usina de cana-de-açúcar do que construir uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH). De fato, o negócio açúcar e álcool é bastante lucrativo, principalmente com a valorização do açúcar e etanol.
Entre as principais gestoras que mais investem em usinas sucroalcooleiras, temos a canadense Brookfield (com US$ 200 bilhões de ativos no mundo). De acordo com algumas fontes bastante confiáveis, o grupo pretende investir cerca de R$ 2 bilhões no Brasil.
Por Andréa Oliveira.
Fonte: Exame.