Produção de queijos de ovelha ganha espaço no RJ

Produção de queijos de ovelha ganha espaço no RJ

Com textura suave, levemente oleoso e semimacio, os queijos de ovelha vêm ganhando espaço no país

Produção de queijo de ovelha ganha espaço no RJ

Com textura suave, levemente oleoso e semimacio, o queijo de ovelha vem ganhando espaço no país. Preparado com leite de qualidade, ele é rico em nutrientes - contendo vitaminas A, B e E, além de Cálcio (em maior proporção que o leite de vaca). Os queijos de ovelha mais comuns no Brasil são o Feta, o Halloumi, o Manchego e o Pecorino Romano. Todos igualmente saborosos e considerados queijos finos - com alto valor no mercado.

Por tais motivos, a produção de queijos de ovelha cresce no Rio de Janeiro, produzido principalmente no município de Miguel Pereira. Quem acreditou no potencial desse tipo de queijo foi Mônica Jacobsen - renomada psicanalista. Ela trocou o trabalho na capital para se dedicar ao campo e resolveu investir na criação de ovelhas leiteiras. Mas para avaliar a viabilidade do negócio, viajou para o exterior inúmeras vezes, para conhecer as técnicas de fabricação utilizadas pelos europeus.

Quando finalmente resolveu investir nessa ideia, reestruturou sua propriedade para que as instalações fossem adequadas à criação de ovelhas leiteiras. Segundo Mônica, os resultados foram surpreendentes! Tudo estruturado conforme os padrões exigidos para criatórios de ovelhas - como ventilação, iluminação, espaçamento entre as traves do chão. Mas até chegar ao pretendido, muitos erros foram corrigidos e muitas dificuldades, superadas.

Todas as ovelhas em fase de lactação são alojadas no aprisco. Com isso, os manejos alimentar e sanitário são otimizados. Quanto às demais ovelhas, estas permanecem no pasto durante o dia - onde são protegidas por cães pastores. Estes cuidam das ovelhas e afugentam os possíveis predadores. Quando anoitece, o plantel segue novamente para os apriscos - onde recebe os devidos cuidados para garantir o bem-estar dos animais.

Ao todo, foram construídos cinco apriscos para abrigar os ovinos da raça Lacaune. Esta raça foi a que melhor se adaptou ao clima da Serra Fluminense. Em média, a temperatura gira em torno de 23 a 25°C em uma altitude de 1.200 metros. A região, além de bela, promove a alta produtividade leiteira das ovelhas, que são criadas com base nos princípios do conforto animal - conforme dito.

Atualmente são produzidos, por dia, 50 litros de leite de ovelha. A ordenha é feita manualmente por funcionária treinada. Esta toma todos os cuidados de higiene necessários à manutenção da saúde das ovelhas. Da ordenha, o leite segue para a pasteurização e, depois, para os tanques do laticínio.  Antes do preparo dos saborosos e refinados queijos de ovelha, a temperatura do leite é elevada para 32°C.

No processo, ele recebe sal, coalho, cloreto de cálcio e fermento. Este é composto por microrganismos que proporcionam maior cremosidade ao queijo. Após 30 minutos de repouso, a massa está pronta para o corte (meio mole). Na fazenda, são produzidos vários tipos de queijo; dentre eles, o queijo Tomme (francês), o queijo Ossau Iraty (o espanhol Manchego), a ricota Boursin, além do queijo Serra da Estrela (português).

Fonte: Globo Rural.

Confira os Cursos CPT a Distância da Área Laticínios.

Andréa Oliveira 15-09-2016 Laticínios

Deixe um Comentário

Comentários

Não há comentários para esta matéria.