O óleo extraído da mamoneira, além de ser utilizado na fabricação de cosméticos, tintas e vernizes, pode ser um excelente biocombustível
A planta Ricinus communis L., conhecida popularmente como mamoneira, carrapateira, palma-cristi e enxerida, é originária da África, mais especificamente da Etiópia. Trazida para o Brasil na época da colonização portuguesa, disseminou-se por todo o território nacional. Atualmente, há inúmeras cultivares e variedades de mamona, que são distintas entre si quanto ao porte, à morfologia, à cor, entre outros aspectos.
A mamoneira é uma planta bastante versátil, pois o óleo extraído dela, além de ser utilizado na fabricação de cosméticos, tintas e vernizes, pode ser um excelente biocombustível.
Em outras palavras, a partir do óleo de mamona, pode ser fabricado o biodiesel ou diesel vegetal de alta qualidade, usado como combustível (substituto do diesel de petróleo).
Hoje, o Brasil se enquadra entre os maiores produtores de óleo de mamona do mundo, principalmente no que se refere à produção de biodiesel. E o que possibilita essa alta produtividade são nossas condições climáticas.
Segundo os professores Reinaldo Nunes de Oliveira e Nívio Poubel Gonçalves, do Curso CPT Cultivo e Processamento de Mamona, a mamoneira adapta-se a diversas condições climáticas, podendo ser cultivada em todas as regiões brasileiras, principalmente no Norte de Minas e no Nordeste (clima semiárido e quente), maiores produtores do país.
Entretanto, se o produtor rural não selecionar as sementes de mamona e não escolher cultivares de mamoneira resistentes a pragas e a doenças, a produtividade de suas mamoneiras será muito baixa e sua rentabilidade bastante precária.
A boa notícia é que inúmeras pesquisas estão sendo feitas quanto ao melhoramento genético da cultura da mamoneira. Institutos, universidades e empresas nacionais, como o IAC, a ESALC e a Embrapa, buscam em suas pesquisas criar as melhores cultivares de mamona.
Dentre as principais características pretendidas para as cultivares de mamona estão:
- Alta produtividade;
- Alta rusticidade e adaptabilidade;
- Resistência a doenças e pragas;
- Desenvolvimento precoce (adaptação à estiagem);
- Perfeita simetria de cachos;
- Produção de frutos semideiscentes e indeiscentes (diminuição das colheitas e dos custos de produção);
- Frutos uniformes e com alto teor de óleo;
- Mamoneiras de porte baixo (regiões com boa incidência de chuvas);
- Mamoneiras de porte médio (regiões com escassez de chuva).
Por Andréa Oliveira.
Fontes: Embrapa e Wikipédia.