Processamento da cana-de-açúcar

O processamento da cana-de-açúcar tanto para a produção de etanol (álcool) como para a produção de açúcar são bastante similares.

O processamento da cana-de-açúcar para a produção de etanol e para a produção de açúcar são bastante similares

Processamento da cana-de-açúcar

O processamento da cana-de-açúcar para a produção de etanol e para a produção de açúcar são bastante similares, salvo as mudanças nos equipamentos, nos controles operacionais e no gerenciamento de todo o mecanismo produtivo. A unidade de processamento pode ser dividida em seções, para otimizar o processo e manter a qualidade do produto final.

Vejamos o que acontece em cada seção de processamento da cana-de-açúcar:

Recepção e seleção

Após a colheita, a cana-de-açúcar é lavada a seco (jatos de ar), para retirar as impurezas, sem que perca a sacarose. Em seguida, ela é selecionada para avaliação do seu teor de sacarose, da composição das fibras, entre outros aspectos.

Desfibração

Após a seleção, ela é transportada por esteiras até o desfibrador, que pulveriza a cana, abrindo suas células para facilitar a extração dos açúcares durante a moagem. Para potencializar a extração, 82% das células devem estar abertas.

Moagem

Na moagem, a cana-de-açúcar passa entre dois rolos compressores para a retirada do caldo. Ao final do processo, o bagaço pode ser utilizado como combustível pata alimentar as caldeiras. Entretanto, ele deve estar com um grau de umidade adequado para essa função.

Estocagem do bagaço

O bagaço resultante da moagem da cana é encaminhado para as caldeiras (a vapor) por meio de esteiras. Em geral, ele é composto de 46% de fibras, 50% de água e 4% de sólidos dissolvidos.

Nas caldeiras a vapor, ele torna-se um excelente combustível capaz de produzir energia suficiente para alimentar todo o processamento da cana-de-açúcar. De uma tonelada de cana podem surgir cerca de 300 kg de bagaço.

Tratamento do caldo

O caldo extraído da cana durante a moagem vem com impurezas. Estas devem ser eliminadas em sua maior parte, garantindo os padrões de qualidade tanto para a produção de açúcar como de álcool ou cachaça (destilarias).

Primeiramente, o caldo passa por peneiras para a retirada de areia e bagacilhos. Em seguida, ele sofre um tratamento químico, para que ocorra coagulação, floculação e precipitação das impurezas que restaram. Por fim, deve ser feita a correção do seu pH com o objetivo de evitar inversão e decomposição da sacarose.

No caso da produção de açúcar, há ainda a etapa de sulfitação do caldo, que tem a função de evitar surgimento de cor indesejável, formação do sulfito de cálcio e coagulação de coloides solúveis, além de diminuir sua viscosidade.

Por Andréa Oliveira.

Fonte: Nova Cana.

Andréa Oliveira 18-06-2015 Agroindústrias

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