Em todo território nacional, mais de 14 milhões de mulheres trabalham nas lavouras, em especial na agricultura familiar. Na verdade, 45% do que é plantado e colhido no Brasil vêm do trabalho das agricultoras. De acordo com o Censo realizado em 2010, 42,4% do rendimento familiar correspondem ao árduo trabalho das mulheres rurais. A porcentagem ultrapassa ao índice de 40,7%, relativo à participação das mulheres nos centros urbanos.
No meio rural, as mulheres fazem a semeadura da terra, realizam o manejo das lavouras, adotam o manejo ambiental adequado, fazem o beneficiamento do que é produzido, participam ativamente da agroindústria, usam a água da irrigação de forma racional, o que aumenta a qualidade de vida da família rural, bem como da sociedade. Portanto, todas as mulheres do campo merecem reconhecimento e valorização.
Infelizmente, muitas são alvos diretos do preconceito e da desigualdade de gêneros. É preciso que a sociedade respeite o importante papel das mulheres rurais para a economia do país. Já é hora de lutar pela igualdade de direitos e oportunidades entre homens e mulheres. Mas ainda há muitos horizontes a desbravar e muitas barreiras a ultrapassar. Felizmente, graças a campanhas como a da Sead - Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário, o empoderamento das mulheres rurais está prestes a ser uma realidade no país.
O intento da "Campanha internacional #MulheresRurais, mulheres com direitos" é tornar visível o trabalho socioeconômico e sustentável realizado pelas mulheres do campo. Afinal, elas são responsáveis pela sustentabilidade na produção agrícola e na agroindústria. Portanto, é essencial que elas sejam, de fato, reconhecidas, valorizadas e empoderadas.
Na verdade, "o empoderamento valoriza e reconhece as mulheres rurais como protagonistas do desenvolvimento sustentável e econômico do país. Enfim, ele é de fundamental importância para que as mulheres rurais se reconheçam como parte fundamental desse processo enquanto agricultoras, agentes ambientais, empreendedoras, geradoras de renda e administradoras, ressalta Solange da Costa, coordenadora de Políticas para as Mulheres da Sead.
Fonte: Canal Rural.
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